sexta-feira, 10 de julho de 2009

Produção, emprego, crescimento (parte II)

Quando o sistema financeiro norte-americano sofreu os primeiro impactos no setor imobiliário o Brasil vivia seu melhor momento na economia (dívida externa equacionada, 200 milhões de dólares em reservas, produção industrial e exportações de vento em polpa. Quando a crise chegou por aqui reascendeu uma polemica sem ameaça da inflação, porque manter taxa de juros tão alta?

Em apenas um ponto os especialista concordam quem estiver mais preparado sentirá menos os efeitos e sairá mais cedo da crise, o Brasil é o melhor exemplo. O primeiro passo foi o plano real com ele o fim da inflação e a estabilidade da moeda. As investigações no Congresso contribuirão para sanear os bancos e regulamentar o sistema financeiro tudo isso resultou em investimentos, no aumento da produção e do consumo dentro das nossas fronteiras, reduzindo assim a dependência do mercado externo.

Sustentada pelo consumo interno nossa indústria automobilística é uma das poucas que resistem ao impacto da economia mundial. As exportações de veículos no entanto caíram pela metade, ainda é cedo para dizer quando o comércio mundial irá retomar o crescimento. A China cresceu 6,5% no primeiro trimestre, bom para as nossas exportações de soja e minério de ferro.

O Banco Central é um dos principais responsáveis por manter o equilíbrio na complicada equação que garante a estabilidade da moeda. O BC tem nas mãos um instrumento importante a taxa básica de juros, a Selic, a ideia é baratear o crédito para alavancar o consumo e os novos investimentos.

A pressão da sociedade e principalmente do setor produtivo lançou o alerta, não era para menos, no último trimestre de 2008 o PIB caiu 3% face ao mesmo período de 2007. Com a ameaça do desemprego crescimento BC tomou providencias em Janeiro de 2009 reduziu a taxa Selic de 13,75% para 12,75%, no início de março queda de 1,75% taxa de 11,75%, no final de abriu nova redução, dessa vez 1% a menos, indo para 10,25% a menor taxa da história. Mas entidades de peso reclamam que as reuniões do Conselho de Política Monetária, que normalmente ocorrem a cada 45 dias sejam mais freqüentes e as reduções mais agressivas.

Na segunda semana de Junho, duas notícias importantes a queda de 0,8% do PIB no primeiro trimestre de 2009 ao mesmo tempo o CPM surpreendeu com nova redução na taxa básica de juros desta vez para 9.25%. Bancos oficiais e privados finalmente acenarão para crédito fácil, mas ainda é cedo para dizer se essas medidas serão suficientes para retomar níveis de produção e emprego diante da crise internacional.

Outra queixa importante é sobre a taxa cobrada pelos bancos nos empréstimos o Spread bancário (diferença entre os juros pagos pelos bancos e a taxa aplicada sobre pessoas físicas e jurídicas). Nem mesmo os bancos oficiais escapam dessa reclamação. Será necessário um controle maior sobre o sistema financeiro nacional?

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